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Nuvens navegam

  • Foto do escritor: Tonne de Andrade
    Tonne de Andrade
  • 17 de out. de 2018
  • 1 min de leitura

Nuvens navegam

Embarcações de aço,

metal maciço

Velas estendidas,

o vento hasteia meus cabelos

E eu subo,

levada pelas rajadas

Nuvens de concreto

da janela parecem

sólidas como o amor

Desfazem-se

em gotas ácidas

que nos queimam

como lágrimas de amor

- este um navio

que já sumiu no horizonte –

Agora não há nuvens,

nem amor

E meu coração torna-se

aço

Mas ainda há o vento

- só ele me libertará

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