Mãos brancas como a de fantasmas,
espectrais
Unhas vermelhas do sangue
que tiraram de alguém
Mãos que sempre tentam
o mundo inteiro abarcar
mas que sempre o deixam
escorrer por entre os dedos
Bocas que rezam e não têm fé
Bocas que beijam e não amam
Bocam que falam e não é verdade
Bocas que mordem e não têm força
Bocas que têm sede e fome
e nunca se saciam
Bocas que gritam
porque sentem dor!