Viver de poesia
é uma triste alegria
Saciando a sede em lágrimas
Matando a fome com versos
Respirando aquele que almejo
Sonhando com ele que desejo
Deito-me na janela, ao sol,
e escrevo minhas mágoas
Transformo essa quentura na alma
em palavras de fogo
E com o frio do meu corpo
congelo o sol (único que ainda me toca)